Ilha de São Vicente (clique para aceder ao site)
Descoberta no dia de São Vicente, a 22 de Janeiro de 1462, a Ilha de São Vicente (clique para aceder ao mapa da ilha), semi-plana na sua orografia, tem uma área de 228 Km2 e a sua maior distância de 24 Km no sentido este/oeste enquanto no sentido norte/sul não ultrapassa os 16 Km.

Apesar da forte erosão as marcas do vulcanismo são muito evidentes como se pode confirmar pelas diversas crateras. A ilha é extremamente seca sendo a água para consumo da população obtida por dessalinização da água do mar.
São Vicente foi praticamente desabitada até meados do século XIX quando a capital da ilha, Mindelo (clique para aceder a informação), se começou a desenvolver através da actividade portuária. Foram os ingleses, após o pacto com Portugal em 1838, ao instalarem um depósito de carvão para reabastecimento de navios em rotas atlânticas, que criaram as bases para o povoamento da ilha.
Encruzilhada de barcos de várias origens, devido ao seu excelente porto marítimo -Porto Grande, o maior porto do país (não o mais movimentado)-, no centro das principais rotas de navegação através do Atlântico daqui partem os barcos que a ligam ao mundo mas em particular à ilha vizinha de Santo Antão que com ela joga uma crescente e imperdível complementaridade (clique aqui para aceder a artigo relacionado). Esta centralidade marítima, sem igual no resto do arquipélago, converteu a cidade do Mindelo na mais cosmopolita de Cabo Verde aqui se produzindo uma interessante mestiçagem. As suas qualidades, urbana e cívica, são uma referência.
A segunda ilha mais povoada é, pela sua génese, extremamente aberta, intelectual e desportiva. Desenvolveu uma internacionalmente reconhecida capacidade artística, nomeadamente Musical, ou não fosse a terra de Cesária Évora, mas também nas Artes Plásticas, Literatura, Teatro, Dança e Cinema.
O centro histórico, onde se ergue o Palácio do Governador, revela-nos o encanto arquitectónico de uma antiga cidade colonial, por sinal bem preservada; a Praça Nova, peculiar local de encontro e convívio anima a noite mindelense; do alto do Fortim d`el Rei, onde se prepara a construção de um empreendimento imobiliário-turístico de alto nível, a cidade e a sua baía oferecem-se ao visitante; a réplica da Torre de Belém relembra a sua origem colonial. A Europa não esta assim tão longe.
Saindo da cidade, a subida ao Monte Verde, o ponto mais elevado da ilha com 774 metros, proporciona uma vista deslumbrante sobre a ilha e as suas baías. Em frente à Baía do Mindelo, erguem-se, o ex-libris da ilha, o Monte Cara (pela sua semelhança com um perfil humano) e o Ilhéu dos Pássaros (com 93 metros de altitude e outros tantos de diâmetro), que alberga o farol Dom Luiz I, inaugurado a 15 de Julho de 1882. Observar o Mindelo do seu cume é também uma visão privilegiada.
As praias, não sendo um ponto forte da ilha, são agradáveis distribuindo-se, a espaços, em redor de toda a ilha. Podem encontrar-se na própria cidade do Mindelo, na Laginha, e fora dela na ampla Baía de Salamansa, na Baía das Gatas, de águas protegidas e mornas, em São Pedro, na Praia Grande ou Calhau. Percorrê-las, numa quase-circular à ilha, revela os pitorescos e os resquícios de uma outrora fértil Ribeira de Julião e as aldeias piscatória de Calhau e São Pedro, cujos encantos são a acalmia e o horizonte infinito de mar azul, ladeados por indisfarçados cones vulcânicos (Baía, Calhau e Viana). Pela crescente afluência de turistas, mereciam já a construção de uma unidade hoteleira.
As permanentes manifestações culturais e a animação nocturna são outros atractivos que aconselham uma visita a esta ilha. As noites mindelenses, com os seus bares, restaurantes e discotecas expressam bem o espírito das gentes desta ilha. De todas as experiências deixarão, sem dúvida, as melhores recordações.
A especialidade gastronómica local é o “Bife de Atum com arroz de favona”.
Festividades
Não sendo fértil em festividades, são desta ilha as mais emblemáticas manifestações festivas do arquipélago. O Festival da Baía das Gatas, conhecido festival musical internacional em que milhares de pessoas vindas de todo o país e do exterior se divertem ao som da música, realiza-se anualmente em Agosto, na praia do mesmo nome; a fantasia do Carnaval, com os seus animados e coloridos trajes são uma pequena réplica dos desfiles brasileiros. Ambas revelam o elevado nível das realizações tradicionais de São Vicente. O "cola Sanjon", ponto alto dos festejos de São João (Junho) têm expressão também nesta ilha.
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