Ilha da Brava (clique para aceder ao mapa da ilha)
No extremo sul do arquipélago, baptizada de São João aquando da sua descoberta, quase toda ela uma montanha, com apenas 65 Km2 é a mais pequena das ilhas habitadas, mostra vestígios bem conservados da sua origem vulcânica. O seu relevo é bastante acidentado sendo no seu conjunto a mais montanhosa do arquipélago. O ponto mais alto está no Monte Fontaínhas com 976 metros. A costa é muito recortada dando lugar a diversas pequenas baías. Com nevoeiro quase permanente o clima é bastante húmido e geralmente fresco com temperaturas que oscilam entre os 16ºC e 25ºC. Descoberta em 1642, o seu povoamento deu-se bastante mais tarde.
Em 1680, devido a uma erupção na ilha do Fogo, os seus habitantes deslocaram-se para a Brava a qual dista apenas 17 Km do Fogo. Em meados do século XVIII os baleeiros americanos de New Bedford e de Rhode Island começaram a utilizar a ilha como ponto de reabastecimento e recrutamento de marinheiros, famosos pela sua excelência. Estes estão hoje na origem da comunidade caboverdeana radicada nos Estados Unidos que muito contribui para o bem estar dos que ficaram na ilha das suas origens.
Vila Nova Sintra, a "cidade mais bela" de Cabo Verde, com o seu pequeno e bem conservado núcleo urbano colonial, é a capital desta ilha florida. Aí se chega depois de percorrer estradas de cortar a respiração num percurso envolto em ambiente de neblina. Verde, limpa e bem organizada, o seu nome advém das suas características que fazem lembrar a localidade portuguesa do mesmo nome. Localizada a 500 metros de altitude, proporcionando belas vistas panorâmicas, é composta de casarões seculares e vivendas com jardins floridos, numa vegetação envolvente e elevada humidade. No centro da vila sobressai um bem cuidado jardim, baptizado Eugénio Tavares (clique para aceder ao site), o grande poeta, aqui nascido em 1867, que escreveu poesia em português e crioulo e foi exímio compositor de eternas mornas.
A economia da Brava baseia-se essencialmente na agricultura e na pesca. Não obstante a falta de chuvas, as culturas fazem-se, engenhosamente, em “terraças” irrigadas pela água de nascentes ou de cisternas que aprovisionam água das chuvas para todo o ano. Por toda a ilha, e particularmente em lugares isolados e relaxantes, como são os casos das localidades de Nossa Senhora do Monte e Fajã d’Água, a hospitalidade do povo bravense é notável. No Cachaço, uma outra localidade, onde a crueza climática apenas deixou como alternativa de sobrevivência a criação de cabras, fabrica-se um excelente queijo. A ilha proporciona ainda excelentes condições aos que se dedicam à pesca submarina.
O seu recorte geográfico e os ventos fortes que aqui sopram impedem o seu acesso por via aérea pelo que a ilha continua a ser servida exclusivamente por mar.
A especialidade gastronómica local é o "Molho de Capado".
Festividades
Dia do Município e de São João (24 de Junho)
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