Dia do Município da Praia: 19 de Maio
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Ilha de Santiago (clique para aceder ao mapa da ilha)
Recheada de atracções históricas e lindas paisagens, foi a primeira ilha a ser povoada após a descoberta do arquipélago. Com uma área de 992 Km2, é a mais extensa e populosa do arquipélago albergando mais de metade da população de Cabo Verde. O interior montanhoso, adequado à prática do montanhismo, apresenta vales sinuosos e profundos, alguns com fontes de água permanentes, e duas imponentes cadeias de montanhas: uma delas, com o Pico d’Antónia, o ponto mais alto da ilha, a 1.392 metros, e a outra a Serra Malagueta.
O litoral é escarpado, geralmente abrupto, de recifes negros, interrompido em alguns pontos por pequenas praias de areia. Fundos marinhos muito ricos, especialmente na zona oriental, conferem a esta ilha grandes possibilidades para a prática caça submarina e mergulho. A amenidade do clima, mais húmido e a vegetação exuberante em zonas altas e em certos vales, contrasta com a aridez das zonas intermédias e baixas.
É em Santiago que se encontra a sede administrativa, política e económica do país: a sua capital, Cidade da Praia, recolhe cerca de metade dos habitantes da ilha. O centro da cidade, construída sobre um planalto basáltico, o Plateau, que domina a baía, deixa adivinhar, na maioria dos seus edifícios, uma arquitectura estilo colonial português. O Forte e o seu canhão apontado para o mar são relíquias que testemunham o seu passado histórico. Os seus jardins e calcetamentos conferem-lhe um charme particular.
O centro da cidade corresponde à Praça Alexandre Albuquerque, um dos locais mais típicos e o ponto de encontro da população local. No final da tarde, as pessoas reúnem-se nos cafés e nos terraços. Em redor da praça encontram-se a Igreja Paroquial, o Tribunal e o edifício da Câmara Municipal.
A cidade da Praia oferece uma rica gama de atraentes curiosidades, como a Feira de Sucupira, tipicamente africana, onde se encontra de tudo um pouco. A Avenida Amílcar Cabral, principal artéria do Plateau, ladeada de casas comerciais e empresas importantes, de jardins e terraços de cafés, onde se pode matar a sede, merecem uma visita. Bem perto encontra-se o Mercado, recheado de produtos, nomeadamente agrícolas, oriundos das hortas do interior da Ilha. Um passeio pelas praias de Gamboa (onde se realiza, a 19 de Maio, durante 3 noites, pelas Festas do Dia da Cidade, um concorrido Festival de Música), Mulher Branca, Prainha e Quebra-Canela completam o quadro.
A partir do núcleo urbano inicial, a cidade teve notável crescimento desde a independência do país, em 1975. Este crescimento deve-se em grande parte à migração das pessoas do interior e de outras ilhas, em busca de trabalho e que resultaram em diversos bairros. Os mais conhecidos mas por serem urbanos pouco oferecem, são a Achada de Santo António e o Palmarejo.
A economia da ilha, de base essencialmente agrícola, desenvolveu-se através de mão-de-obra oriunda de África. Assumida como entreposto comercial no triângulo Europa-África-Caraíbas, a ilha assimilou, mais do que qualquer outra, as influências que gravaram a identidade africana. Nas suas festas tradicionais, nas suas roupas de cores vivas, na sua música e costumes constata-se a ligação à raiz continental.
Dispondo de uma boa rede de estradas pavimentadas, a Ilha de Santiago pode ser percorrida, tranquilamente, por longos e diferentes caminhos quer pela costa quer pelo interior. Um passeio de 70 km pela via interior, entre os seus pontos extremos sul e norte, a Cidade da Praia e o Tarrafal, possuidora da mais convidativa praia da ilha e também pelo tristemente conhecido Presídio de Chão Bom (clique aqui para aceder a informação relacionada) permite uma imagem fiel da beleza desta ilha.
O regresso, pelo litoral Este, via Calheta, Santa Cruz, Pedra Badejo, onde as extensas plantações de banana, papaieiras e coqueiros, entre outras culturas tipicamente tropicais, demonstram, ali onde há água, sobretudo depois de uma generosa época das chuvas (Agosto a Outubro), a fertilidade do solo caboverdeano. Santiago é pois uma ilha essencialmente agrícola mais agora com a construção de diversas barragens onde pontifica a do Poilão (nome da maior árvore do arquipélago) que irriga um belo vale.
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Fonte Lima - Assomada - Santa Catarina
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Uma estrada interior conduz a localidades de particular interesse. São Jorge dos Órgãos é uma delas onde, no meio de abundante vegetação, se encontra o único Jardim Botânico do país; Rui Vaz, a meio caminho do ponto mais alto da ilha, onde se obtém uma vista panorâmica inigualável. Pelo caminho, uma paragem na Assomada, centro do Concelho de Santa Catarina, em forte crescimento urbano e conhecido como o celeiro de Cabo Verde. O seu mercado é o primeiro do país; a ele conflui gente de toda a ilha.
Devido ao seu recorte geográfico Santiago apresenta-se salpicada por baías e enseadas calmas e acolhedoras. A de São Martinho, bem perto da Cidade da Praia, onde amarou o hidroavião que levou Gago Coutinho e Sacadura Cabral na sua viagem ao Brasil, Praia Baixo e a bonita Baía de São Francisco, merecem uma visita.
Cidade Velha
No sentido oposto, na Cidade Velha (clique para ver Galeria de Fotos), berço da nacionalidade, hoje Património Mundial da Humanidade e eleita uma das 7 Maravilhas Portuguesas no Mundo (clique para aceder ao site), a Fortaleza de São Filipe, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, o Convento de São Francisco e o Pelourinho, revivem um passado histórico naquela que foi a primeira capital do arquipélago, adquirindo o estatuto de cidade em 1533.
A Gastronomia, rica, tem como especialidade local o “Feijão pedra guisado com carne salgada de pilão” e a "Catchupa" (à base de carnes -frango, vaca, porco e enchidos- e legumes -milho, feijão, couve e batata).
Festividades
São João (24 de Junho), festejado em todas as ilhas do arquipélago.
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