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Agronegócios: Pecuária
 

Num estádio de desenvolvimento inferior ao do sector agrícola, onde a investigação já conta mais de 20 anos, e hoje praticamente restringida à economia familiar (mais de 90% da actividade), o sector pecuário (caprinos, ovinos e bovinos), seja na perspectiva de produção de carne, leite ou ovos seja para a transformação industrial dos seus derivados, cobre cerca grande parte das necessidades de consumo de carne do País mas ainda assim manifesta forte potencial de valorização merecendo referência as ilhas da Boavista, Sal e Maio onde o potencial pecuário é importante.

Embora em tempos existissem diversas explorações avícolas, com a queda dos preços da carne decorrente da abertura do mercado pela integração de Cabo Verde na OMC-Organização Mundial de Comércio e consequente liberalização do mercado e diminuição drástica dos direitos alfandegários apenas sobreviveram as unidades (boas em capacidade e inovação) que atempadamente se posicionaram em termos de escala e tecnologia. Os baixos preços na importação de carne de frango tornam as vendas nacionais irregulares, o investimento na produção pouco rentável e dependente de factores e matérias-primas muito competitivos direccionando-se esta indústria essencialmente para a produção de ovos. Na perspectiva do sector apresentam-se como oportunidades de negócio as parcerias para ganhos de escala na importação e distribuição das matérias-primas (rações, medicamentos, utensílios agrícolas, etc).

Um dos condicionantes maiores para a produção e produtividade na pecuária, sobretudo dos ruminantes, é o défice forrageiro estrutural. A mobilização de água e a melhor atenção dada nos últimos anos na melhoria das condições de exploração pecuária (manuseamento, instalações, sanidade, alimentação e introdução de raças, etc) tem permitido aumentar a produtividade dos rebanhos e o surgimento de pequenos negócios ligados à comercialização de carnes, leite e seus derivados abrindo caminho para a dinamização deste sector que possui forte potencial.

Na produção de leite os indicadores não apontam para a sua viabilidade; a produção de ovos é uma realidade completamente diferente sendo uma actividade vigorosa, rentável e que hoje abastece a totalidade do mercado.

A vertente de abate (maioritariamente clandestina), corte e processamento, onde o sector se encontra muito carente de soluções adequadas (matadouros e conservação) em termos sanitários e inclusivamente de corte adequado das carcaças, afigura-se uma excelente oportunidade de negócio.

Acções a desenvolver para potenciar o sector:

  • Melhoria das condições sanitárias de criação, abate (eliminação da clandestinidade) e transformação;
  • Aperfeiçoamento de raças animais: aquisição, multiplicação, reprodução e distribuição de animais de raças melhoradas (existe uma interessante base genética implantada);
  • Introdução de técnicas de inseminação artificial;
  • Construção/melhoramento de infraestruturas pecuárias (pocilgas, currais, estábulos);
  • Reforço da vigilância epidemiológica, da capacidade de diagnóstico laboratorial, da prevenção e combate às doenças animais;
  • Aumento da produção forrageira e melhoramento de alimentação animal;
  • Recolha e conservação de pasto;
  • Fixação de plantas arbóreas e arbustivas forrageiras e instalação de bancos de proteínas.

A produção forrageira em herbáceas (gramíneas e leguminosas) em 2012, nas áreas de formações florestais abertas e arbustivas foi estimada em cerca de 122.353 toneladas (matéria seca).

Efectivos pecuários
 

2010

Caprinos

174.782

Aves poedeiras

85.000

Suínos

82.072

Bovinos

22.602

Ovinos

11.185

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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