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ENTREVISTA: TECNICIL-Sociedade de Imobiliária e Construções - 11-02-2007


imgNascida em 1996, com o objectivo de se dedicar à Construção Civil cedo se converteu a uma diferente estratégia subindo na cadeia de valor. Hoje, com mais de 80 milhões de euros de facturação, 35 empregados (não incluindo o “out-sourcing” de arquitectura, gestão projectos, fiscalização e agenciamento), dedicada a diferentes actividades com especial ênfase na promoção imobiliária, onde encomenda projectos e atribui a sua construção a empresas empreiteiras, a TECNICIL-Sociedade de Imobiliária e Construções, SA prepara-se para o seu maior desafio: o empreendimento imobiliário-turístico internacional “Vila Verde Resort”, em Santa Maria-ilha do Sal. Para promoção dos seus produtos tem uma rede de agenciamento com cobertura mundial (Portugal, Espanha, Reino Unido, Cabo Verde). Olavo Correia, ex-Governador do Banco de Cabo Verde e actual Administrador da TECNICIL deu ao Portal Portugal Cabo Verde este apontamento revelando o segredo da empresa: “olhar Cabo Verde de fora para dentro”.

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A Tecnicil é a história de uma aposta num sector onde até há bem pouco tempo nada de semelhante tinha surgido ainda. Como nasce este percurso de sucesso?
É verdade. Ousadia e pioneirismo são duas divisas que cultivamos com muito carinho na TECNICIL. A empresa nasceu como Limitada, conheceu várias configurações e hoje é uma Sociedade Anónima. Concebida inicialmente como empresa de construção, deixou de construir e dedicou-se à actividade imobiliária e hoje volta a construir mas apenas para os seus próprios produtos. Estão já edificados os condomínios fechados “Ondas do Mar” e “Miramar”, em Palmarejo - Praia (Santiago), construídos pela Somague e já habitados. Actualmente por construção própria, estão em curso o “Império II”, também no Palmarejo e “Copacabana”, na Lajinha-Mindelo (São Vicente), duas grandes obras à dimensão de Cabo Verde. No sector turístico trabalhamos com empresas internacionais para o empreendimento “Vila Verde Resort”, e outros que virão, para o qual já adjudicamos as infraestruturas à empresa portuguesa Armando Cunha e as estruturas a 2 consórcios com forte participação portuguesa: a Edifer, Opca, Hagen e a Sopol, Marpe e Marpe Cabo Verde. Estamos no processo de adjudicação para a fase de acabamentos. No mercado doméstico tendo em conta o comportamento errático da procura decidimos sero empreiteiro geral para que possamos, com mais flexibilidade, responder às necessidades do mercado. No imobiliário virado para o meracdo local, contratar uma grande empresa é necessário ter um volume de obras que justifique senão os custos fixos elevam-se e o custo final torna-se incomportável. Com a nossa própria capacidade podemos ir construindo de acordo com o que vamos vendendo evitando a imobilização de um elevado nível de recursos financeiros.

Com o anúncio simultâneo de diversas obras no ramo imobiliário-turístico não haverá o risco de escassez de mão-de-obra?
Neste momento o mercado é global, a todos os níveis. É
bom que os caboverdeanos pensem nestes termos porque há muita mão-de-obra na costa africana à procura de emprego; também a China está à procura de entrar em negócios de construção, tem uma mão-de-obra infindável a preços interessantes, portanto a competição ao nível dos preços é mundial. Mas Cabo Verde tem a vantagem de ter nascido como um país global, na confluência do Mundo, um povo de emigração que compreende esta realidade.

Entretanto a TECNICIL alargou o seus horizonte e actua noutras
áreas. Qual o passo seguinte na estratégia da empresa?
imgO passo seguinte é a constituição do Grupo TECNICIL
enquanto promotor turístico. Neste momento pretendemos a autonomização formal da actividade de construção já que ela está neste momento integrada na TECNICIL. Como sabe estamos a construir, e vamos construir, “resorts” e hotéis no Sal e um pouco por todo o Cabo Verde. Estamos por isso em processo de criação de uma empresa para gestão desses “resorts” e hotéis que deverá chamar-se “Vila Verde Hotéis e Resorts”. Paralelamente e em função disso, tendo em conta o nosso poderemos considerar parcerias com especialistas internacionais neste tipo de negócio. Estamos a expandir a actividade da empresa “Águas Cabo Verde”, proprietária da marca “Água Trindade” e detida a 85% pela TECNICIL. Brevemente anunciaremos novidades neste segmento de negócio. Está igualmente em processo de constituição uma empresa de “trading”. A longo prazo analisamos também uma possibilidade na área financeira.

Na visão da TECNICIL, dotada de gestores experientes e
conhecedores profundos de Cabo Verde, quais serão os vectores de desenvolvimento do país?
Se há sector em que o país apresenta oportunidades e tem
enorme potencial de crescimento, desde que acauteladas determinadas exigências em termos de qualidade de produto, é o Turismo. Cabo Verde é um país que tem um problema de escala mas situa-se num importante corredor turístico onde se movem milhões de pessoas. E agora que as Canárias entram em saturação e sabendo-se que o Turismo funciona como catalizador de um conjunto de outras actividades como as Pescas, uma certa Agricultura -Horticultura e Fruticultura-, a Distribuição, o Artesanato, para além de muitos Serviços Conexos ao Turismo como a Gestão de Condomínios ou a Promoção da Cultura, a nossa empresa, numa alteração de estratégia, quer liderar este sector em Cabo Verde. As pessoas vão olhar para nós não só como uma grande empresa imobiliária mas também como uma empresa que faz gestão de hotéis e “resorts”, oferecendo um retorno aos investidores que encaram a aquisição de segundas residências como aplicações financeiras, e que está ainda presente em todos os outros sectores que gravitam à volta do Turismo. Como empresa caboverdeana a 100% queremos dar a mão a todas as micro e pequenas empresas que queiram participar na composição de uma rede que ofereça um produto genuinamente caboverdeano. É essa a nossa ambição a curto e médio prazo.

No Turismo quais vão ser os próximos passos da TECNICIL?
Temos já 150 hectares na Murdeira (Ilha do Sal) para
lançar em 2007 o nosso segundo projecto. Na Boavista, para onde foi criada a Sociedade de Desenvolvimento Turístico das ilhas da Boavista e do Maio, aguardamos que dentro de um ano os terrenos comecem a ser disponibilizados e contamos ter também aí uma presença muito forte. A Boavista é um destino excelente e terá seguramente um grande futuro desde que sejam acautelados determinados pressupostos fundamentais. Mas também em Santiago temos projectos interessantes. Temos terrenos em Santiago com localização excelente estamos a preparar um projecto. Estamos em via de adquirir terrenos também em São Vicente. Queremos investir em todo o Cabo Verde. Creio que temos possibilidade de atingir níveis de facturação muito acima dos 100 milhões de euros/ano mas não é essa a nossa principal preocupação pois essa vai para a promoção de um Turismo de qualidade e por isso procuramos as mais diversas e melhores competências em todo o mundo.

Mas agora a concorrência surge. Empresas nacionais, empresas estrangeiras
..... Sentem-se agora mais “apertados” neste mercado?
imgSão empresas concorrentes respeitáveis mas temos uma
rede de agências com sistemas de distribuição global. O nosso principal mercado-alvo é o mercado inglês e irlandês. Mas existe ainda por explorar todo o mercado nórdico com um potencial de crescimento enormíssimo. Também os mercados asiático e africano procuram novos destinos; por isso para a nossa dimensão o mercado é ilimitado. Se olharmos Cabo Verde de dentro para fora vemos todos os constrangimentos de país pequeno, que não consegue competir a nível mundial, com dificuldades de financiamento mas se olharmos de fora para dentro aumentar o número de turistas de 230.000 para 500.000 não é nada tendo em conta a procura turística mundial. Mas para Cabo Verde significa o escoamento da produção imobiliária-turística. Não invalida que tenhamos muitos desafios. Repare que Cabo Verde tem que competir com outros destinos turísticos pelo Mundo fora como a Europa de Leste, países asiáticos, países africanos..... Temos de tornar-nos suficientemente atractivos ultrapassando as dificuldades e redireccionar esses fluxos. Também é sempre bom que o Governo dê um incentivo adicional às empresas que estão no mercado global, que estejam a trabalhar bem, que estejam disponíveis para correr riscos pois é uma forma de promover o país e as competências nacionais concorrendo num dos mercados mais exigentes internacionalmente.

Mas no actual estado das infraestruturas básicas como poderá Cabo Verde suportar um crescimento dessa ordem?
As autoridades estão a melhorar a coordenação nessa
área. Havendo procura haverá sempre oferta. Seja pela via do Estado seja pela via dos privados. O negócio de água e energia interessa também aos privados. Não tenho dúvida disso. É bom é que isso seja feito com antecedência para que quando os projectos estiverem concluídos não haja nenhum tipo de problema nas “utilities” pois os nossos clientes vêm de mercados exigentes na qualidade de serviço e não aceitarão baixar o seu “standard”.

Da TECNICIL fica a promessa de lutar de igual para igual com os promotores internacionais num mercado cada vez mais complexo e exigente capacitando constantemente a empresa, os seus recursos humanos, a sua rede de relações e parcerias para a obtenção dos melhores resultados.

 

 


 

 

 

 

 
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