O Banco Cabo-Verdiano de Negócios e o Banif - Banco Internacional do Funchal estabeleceram uma parceria estratégica, que vai contribuir para um reposicionamento do BCN no mercado caboverdeano da banca. O Banif detém agora 46% do capital social do BCN.
O presidente do Conselho de Administração do BCN, Manuel Chantre, adiantou que “procurar um parceiro era um objectivo estratégico da empresa desde o início”. Com o interesse do Banif, “esse objectivo ficou preenchido com uma instituição de sólida reputação em Portugal e nos países lusófonos, nomeadamente o Brasil e em países com forte sobreposição de emigrantes”.
Com esta parceria, o BCN espera conseguir sinergias comerciais em Portugal e na abordagem às comunidades emigrantes portuguesa e caboverdeana no resto do mundo. Pretende ainda ganhar uma maior capacidade para financiar projectos de elevada dimensão e “know-how” na avaliação de risco e negociação, na área dos projectos imobiliário-turísticos.
Na assembleia-geral do BCN, que se realizou no passado dia 18 de Abril, foi aprovado o plano de actividades para 2007, e, com a parceria com o Banif, prevêem-se algumas alterações na estratégia da empresa: “Queremos desde logo activar a nossa relação com as comunidades no exterior. Há uma atenção qualitativa crescente dos emigrantes em relação a Cabo Verde, o que vai criar novas necessidades em termos de serviços financeiros e de investimento”, adiantou Manuel Chantre.
Para os caboverdeanos residentes, o BCN quer proporcionar “uma melhoria no atendimento, mais produtos e serviços”. Serão ainda abertas novas agências, durante o ano de 2007, na ilha do Fogo, Terra Branca (Praia), no Mindelo e Santa Maria, substituindo a agência do aeroporto Amílcar Cabral, em Espargos.
Com a participação do Banif, o BCN aumentou o capital para 700 mil contos caboverdeanos (6,35 milhões de euros), “o que o coloca acima do último lugar, posição que vinha ocupando”, diz Chantre.
Segundo o relatório de contas de 2006 do BCN, apresentado ontem, o banco teve um resultado líquido de 15,96 milhões de escudos caboverdeanos (144,75 mil euros), a sua carteira de crédito cresceu 116% enquanto a de depósitos cresceu 41%.
Semana on-line - 18.04.2007
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