Inicialmente denominada de Lhana por ser muito plana, é uma das ilhas mais pequenas de Cabo Verde, com apenas 215 Km2 de superfície. Considerada a ilha mais “jovem” do país, a sua população, cerca de 19.000 habitantes (2008) tem uma baixa média etária e encontra-se na fase de formação da própria identidade.
O desenvolvimento da ilha iniciou-se com a grande procura de mão-de-obra para as salinas, pelo reconhecimento da grande quantidade de sal aí existente, derivando daí o seu nome actual. Ainda hoje podemos testemunhar as estruturas utilizadas para a exploração deste produto, exportado em grande quantidade entre o séc. XVIII e a primeira metade do séc. XX, para toda a costa africana e Brasil. O melhor exemplo, e digno de uma visita, são as salinas de Pedra de Lume, situadas na cratera de um antigo vulcão. O seu único acesso faz-se através de um túnel que parece separar dois mundos distintos. A vista é única e a cor do solo coberto de sal varia entre o azul-turquesa, branco e rosa. Porém, esta indústria há muitos anos que se encontra em letargia, sendo a ilha conhecida e afamada nos dias de hoje pelo seu turismo balnear de qualidade.
O seu apogeu viria a ter lugar nos nossos dias com a construção do Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, a maior porta de entrada e saída de Cabo Verde por via aérea. Sendo embora a ilha habitada mais árida do arquipélago é de uma beleza invulgar pelos seus contrastes, em especial quando o mar turquesa e as areias douradas se perfilam.
Junto à vila de Santa Maria encontra-se a praia do mesmo nome, a mais conhecida e explorada turisticamente no arquipélago. Com 8 Km de extensão, de areias douradas e águas de temperaturas quentes todo o ano, alberga as maiores e melhores unidades hoteleiras do país. Ao longo dos anos tem vindo a transformar-se cada vez mais num destino turístico bastante apreciado no mundo inteiro. A prática de diversos desportos náuticos é incentivada pelos hotéis que proporcionam aos turistas o mínimo necessário para o desfrute de tão boas condições naturais. Os praticantes de windsurf, kitesurf, mergulho e pesca encontram aqui um autêntico paraíso, onde é possível promover a organização de campeonatos, alguns de nível internacional, como é o caso do de uma prova do Campeonato Mundial de Windsurf, habitualmente em Fevereiro. Divinais e recomendáveis são também os jantares nos restaurantes, assentes em plena praia onde o ambiente caboverdeano é exaltado pelos conjuntos musicais que nos embalam no saborear da gastronomia típica, ao mesmo tempo que sentimos os leves sussurros das ondas do mar.
Uma prática corrente no Sal são as expedições “todo-terreno” para as quais o relevo desta ilha oferece aventuras constantes. Uma delas é a visita, na costa norte da ilha, a um misterioso buraco que se afunda rocha adentro e que somente numa determinada hora do dia, e por causa do grau de incidência dos raios solares, deixa ver o fundo. De seu nome Buracona, constitui um bom exemplo de como as águas que banham todo o arquipélago são isentas de poluição, pois o que se avista lá em baixo é água pura devolvendo a luz do sol. Mesmo ao seu lado encontram-se piscinas naturais formadas por algumas concavidades maiores nas rochas e pela rebentação das ondas que as vão enchendo. Não oferecendo perigo algum para quem lá queira mergulhar, são um óptimo local para se passarem momentos diferentes.
A 1 Km do aeroporto situa-se a vila de Espargos, o principal centro urbano da ilha, que tem como guardião o Morro do Coral, do qual se pode admirar o morro de Pedra de Lume, escondendo a salina, e Palmeira, pequena vila piscatória onde se encontra o porto marítimo do Sal e um emblemático viveiro de lagostas.
As salinas de Pedra de Lume
Pedra Lume é uma pequena povoação na costa leste da Ilha do Sal, onde se localizam as famosas salinas que deram o nome à ilha. Ficam no interior duma antiga cratera de vulcão para onde a água do mar se infiltra e evapora, dando uma cor ligeiramente rosada. A exploração do sal iniciou-se no século XVIII e foi durante muito tempo o factor principal de desenvolvimento da ilha. Hoje em dia, a exploração de sal está reduzida ao mínimo, deixando lugar aos turistas que ali se encantam com os vestígios da natureza. Aqui o turista encontra um verdadeiro leque de diversos eco-sistemas os quais coabitam em harmonia podendo banhar-se num lago onde a elevada densidade de sal os faz flutuar.
Texto gentilmente cedido pela SOLTROPICO, o operador turístico para Cabo Verde
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