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Portugal Cabo Verde: Economias Complementares (I) - 2005-11-10


* * Galeria de Fotos do Seminário * *

imgO Ciclo de Encontros “Negócios & Afinidades" que a Câmara de Comércio Indústria e Turismo Portugal Cabo Verde vem realizando para apresentação da economia de Cabo Verde e seu potencial de atracção de Investimento Externo aos potenciais investidores portugueses de diversos sectores conheceu a sua segunda ronda com o Seminário “Economias Complementares (I)”.

Desta feita dedicado aos sectores de investimento em geral, o 
Programa do Seminário colocou alguma ênfase no sector do Turismo, actualmente o mais dinâmico da economia caboverdeana representando já perto de 15% do seu PIB que rondará em 2005 os 820 milhões de Euros.  Reserva-se para o próximo encontro, “Economias Complementares (II), o aprofundamento de outros sectores de investimento.

imgO encontro foi aberto pela intervenção do Vice-Presidente Executivo da Câmara de Comércio Portugal Cabo Verde, entidade organizadora, Dr. João Manuel Chantre, que realçou o trabalho de 14 anos que esta Instituição vem realizando na promoção e encaminhamento do Investimento português para Cabo Verde e a necessidade de se reunirem esforços entre esta instituição e as organizações responsáveis pela internacionalização das economias portuguesa e caboverdeana (Clique e aceda a CCITPCV: O Discurso).

O antigo presidente do “IPE-Instituto de Participações do Estado” e da “Expo' 98” e co-autor do livro “A internacionalização das Empresas Portuguesas-30 casos de referência”, Engº Torres Campos, foi o primeiro orador-convidado a intervir. Na sua breve exposição realçou o ainda baixo custo de investimento no sector turístico caboverdeano em oposição ao forte potencial que o arquipélago representa e a excelente opção em termos de relocalização das indústrias ligeiras de exportações portuguesas.

A intervenção da Direcção Internacional da COSEC-Companhia de Seguros de Crédito, representada pela Dra. Maria José Melo, fez-se no sentido de apresentar aos interessados em concretizar negócios com Cabo Verde as formas existentes para diminuição do risco seja nas exportações seja no próprio acto de investimento. A partilha do risco é hoje entendida como uma ferramenta essencial na internacionalização das empresas portuguesas possuindo a COSEC diversos produtos adequados e já algumas apólices relativas a investimentos em Cabo Verde. Entretanto é sabido que a seguradora tem vindo a encetar esforços para passagem de Cabo Verde a um escalão de menor risco internacional, no que diz respeito a seguros de exportação, o que diminuiria os custos dos prémios de seguros para este país. Nos Seguros de Investimento a COSEC não se encontra sujeita a quaisquer ditames internacionais pelo que pratica prémios concorrenciais (Clique e aceda a COSEC: A Apresentação).

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O discurso de Sua Excelência o Ministro da Economia, Competitividade e Crescimento de Cabo Verde, Dr. João Pereira Silva, foi abrangente e permitiu uma panorâmica geral das actividades económicas em Cabo Verde. Fez ainda uma curta passagem pelas medidas tomadas para tornar mais atractivo o processo de Investimento em Cabo Verde e anunciou a agilização dos processos de aprovação de Investimento Externo e de constituição de empresas. Relativamente ao panorama actual do investimento turístico, cuja “coqueluche” do momento é a Sociedade de Desenvolvimento Turístico das ilhas da Boavista, onde se concluirá em finais de 2006 um Aeroporto Internacional, e do Maio, o MECC adiantou um investimento, nestas ilhas, de 1 bilião de euros, dos quais 600 milhões de euros em infraestruturas. Apontou ainda o importante papel que os novos aeroportos internacionais de Santiago e São Vicente irão gerar nas Ilhas do Maio e de Santo Antão, diversificando a oferta turística de Cabo Verde, gerando interesses de empresas de diversas origens, representando valores de investimento, a 20 anos, muito próximos, também, de 1 bilião de euros (Clique e aceda a
MECC: O Discurso).
 
As intervenções que se seguiram, plenas de saber de experiência feito, foram proferidas pelas mais experientes autoridades portuguesas em matéria de Turismo. Enquadraram a complementaridade dos sectores do Turismo de Portugal e Cabo Verde e as formas e apoios que os investidores poderão encontrar para a sua internacionalização para Cabo Verde.

O Instituto de Turismo de Portugal (ITP) é uma instituição recente na sua designação mas já antiga nas suas funções que resulta da fusão da função financeira do Fundo de Turismo e da função promoção do Turismo herdada do ICEP. O seu Presidente iniciou a intervenção relembrando os 2 anos que viveu em Cabo Verde onde granjeou amizades e cuja vivência recorda com agrado. Para o Dr. Orlando Carrasco o Turismo tem uma importância primordial na economia mundial e induz um efeito multiplicador nas economias pelo envolvimento de diversos sectores na sua cadeia de valor. Elencando os apoios existentes para a internacionalização do sector fez uma completa apresentação das funcionalidades que o ITP coloca ao dispor dos candidatos ao investimento no sector turístico internacional, aliás já utilizados pelos principais investidores portugueses em Cabo Verde como o Grupo Oásis Atlântico e Grupo Pestana, com unidades hoteleiras e, mais recentemente, a empresa Salrey que instalou uma lavandaria industrial de apoio aos hotéis da Ilha do Sal (Clique e aceda a ITP: A Apresentação).

O Presidente da Confederação do Turismo Português (CTP), Dr. Atílio Forte, começou por reconhecer a oportunidade deste seminário, no momento e na temática de promoção da estreitamento da relação, que no seu entender deve existir entre os sectores turísticos de Portugal e Cabo Verde. A CTP congrega 50 entidades filiadas, representando todas as áreas turísticas, desde unidades hoteleiras, operadores, rent-a-car, transporte aéreo, restauração, num total de 100.000 empresas e empregando 10% da população activa portuguesa. Na sua intervenção realçou a complementaridade entre Portugal e Cabo Verde, nascida desde logo nas ligações culturais e históricas que por si só constituem base de interesse turístico; a semelhança do produto dominante constituído pelo binómio “sol e mar”, a hospitalidade e afabilidade, mas também outras vertentes. A mesma língua, existência de Estados de Direito democráticos, estáveis e seguros, pesos do sector do Turismo sobre o PIB também semelhantes, em estádios diferentes de desenvolvimento é certo, factores que poderão contribuir para a actos de cooperação capazes de prever e evitar que erros cometidos em Portugal se repitam em Cabo Verde, nomeadamente na Ordenação Territorial, Ambiente ou na Qualificação dos Recursos Humanos. Elogiou a criação de infraestruturas aeroportuárias de capacidade internacional nas ilhas de maior potencial turístico, Sal (já existente desde 1949), Santiago (desde Dezembro 2004), São Vicente (em construção até meados de 2006) e Boavista (em construção até finais de 2006), a instauração de Zonas de Turismo Especiais, Zonas de Desenvolvimento Turístico Integral e Zonas de Reserva e Protecção Turística, a Sociedade de Desenvolvimento Turístico da Boavista e do Maio, o IVA de apenas 6% sobre a Hotelaria e Restauração. Para o Presidente do CTP as empresas portuguesas que carecem de dimensão para estar no mercado internacional poderão adquiri-la através de um primeiro passo de internacionalização para Cabo Verde onde inclusivamente deverão encetar um cruzamento de mercados emissores com vantagens para ambos os países. Aconselha a valorização do produto "gastronomia", em Portugal um dos factores mais interessantes da oferta turística. Referiu, ao terminar, o Protocolo assinado entre a CTP e a UNOTUR a 4 de Julho de 2005, com incidência na Cooperação Associativa, na Parceria de Investimento, na Formação Profissional e Conhecimento e na Promoção Turística (Clique e aceda a CTP: A Apresentação).

A UNOTUR-União dos Operadores Turísticos de Cabo Verde, representada por Armando Ferreira, da Soltrópico, Presidente da Assembleia Geral da referida Associação, historiou a génese do associativismo caboverdeano no sector do Turismo, não escondendo as dificuldades que encontra a consolidação deste projecto, e atravessou com a sua intervenção diversos temas de enorme relevância para o desenvolvimento e afirmação do Turismo em Cabo Verde. Registe-se o seu desafio:

“....e se a UNOTUR, a Cabo Verde Investimentos, a Confederação do Turismo Português e Câmara de Comércio Portugal Cabo Verde se reunissem, pensassem em conjunto e descobrissem coisas?....”

(Clique e aceda a UNOTUR: A Apresentação)

imgO encerramento ficou a cargo do Embaixador de Cabo Verde em Portugal, Doutor Onésimo Silveira, cuja intervenção foi uma homenagem ao emigrante caboverdeano em Portugal deixando claro que a relação entre o seu povo e a comunidade portuguesa, apesar dos inegáveis problemas de integração, está assente num enorme respeito e estima mútua inviabilizando a reprodução dos acontecimentos de Paris.

 
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