Foi recentemente divulgado o Índice de Liberdade Económica para 161 países do Mundo, anualmente analisado pelo Wall Street Journal e pela Heritage Foundation, e que mede os países numa escala de 1 a 5 em que 1 é o mais livre. As duas entidades avaliadoras acompanham anualmente a evolução da liberdade económica no mundo, criando, desde há 12 anos, um índice internacional que analisa 10 indicadores: Política Comercial, Fiscalidade e Tributação, Sector Financeiro, Política Monetária, Fluxos de Capital e Investimento Estrangeiro, Direitos de Propriedade, Intervenção do Estado, Regulação e Actividade Informal. Este índice transformou-se na mais procurada fonte de informação pelos investidores, executivos, políticos, académicos e todos quantos pretendam estabelecer a ligação entre liberdade económica e prosperidade.
A boa notícia é que mais uma vez, em termos gerais, a liberdade económica no mundo parece ter aumentado, à medida que mais países adoptam políticas que respeitam as liberdades cívicas e económicas dos cidadãos. A maioria (99) dos 161 países analisados aumentou a sua liberdade no último ano. Este ano 20 países são considerados economicamente livres (entre eles a Irlanda, o Luxemburgo, o Reino Unido, a Estónia, a Dinamarca, a Finlândia, Chipre, Holanda, Suécia e Alemanha). O relatório destaca que os "países com maior liberdade económica têm também taxas de crescimento económico de longo prazo mais elevadas e são mais prósperos do que aqueles onde se regista menor liberdade económica".
Portugal aparece classificado em 30º lugar (estava em 37º no ano transacto), entre os países considerados «maioritariamente livres». Os países são todos classificados em quatro categorias (Livre, Maioritariamente Livre, Maioritariamente Não Livre, e Reprimido). Embora o índice de 2006 seja o maior de sempre para Portugal (2.29), este valor está essencialmente estabilizado desde 1997.
Infelizmente o Norte de África e o Próximo Oriente viram a sua liberdade diminuir no ano passado. A África subsaariana, região a que pertence Cabo Verde, melhorou ligeiramente. Cabo Verde é considerado como o segundo país de África com mais liberdade económica, depois do Botswana.
Na classificação mundial Cabo Verde ocupa agora o 46º lugar com 2.69 (era 110º em 2001), situando-se um pouco abaixo da França e Itália e acima da Grécia, Brasil, México, África do Sul, Argentina, Kuwait, Marrocos, Tunísia e Paraguai.
Só cinco países da África ao sul do Sahara aparecem bem classificados -Botswana, Cabo Verde, África do Sul, Madagáscar e Uganda. A posição caboverdeana neste grupo regional apresenta um salto considerável face à 23ª posição que ocupava em 2001. |