Iniciando um périplo que o levará ainda à Tunísia e Egipto, o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Prof. Freitas do Amaral, encontrou-se-se em Cabo Verde entre os dias 17 a 19 de Abril. Esta visita antecipa os exercícios da NATO no Atlântico Médio, de 15 a 29 de Junho, e que incluirão na sua rota de acção as ilhas caboverdeanas de São Vicente, Santo Antão, Fogo e Sal. A operação contará com a participação de 7.000 efectivos da NATO envolvendo tropas terrestres, meios aéreos e navais, operações especiais e logística. Cabo Verde participará com 150 a 200 homens.
Outros assuntos, já habitualmente abordados, serão a problemática da circulação de pessoas entre os dois países e o acolhimento e integração dos emigrantes caboverdeanos em Portugal, situação para a qual as autoridades caboverdeanas pretendem tratamento igual aos brasileiros. Para estudar esta questão, bem como a da parceria especial de Cabo Verde com a União Europeia, forma criados grupos de trabalho conjuntos. No entanto sabe-se já que a proposta em estudo contempla a legalização dos emigrantes que se encontrem há mais de 5 anos em Portugal em situação estável e com contribuição efectiva para a vida portuguesa.
Questões críticas para Portugal, e toda a Europa, é a falta de segurança das fronteiras caboverdeanas, permeáveis à imigração clandestina oriunda da África Ocidental, que procura como destino final o continente europeu evitando assim a saturada passagem entre Ceuta e o Sul de Espanha, e à criminalidade com origem na América do Sul.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, que se faz acompanhar pelo Alto Comissário para a Imigração e Minorias Étnicas, considera Cabo Verde "um país muito especial" para Portugal, porque é "um parceiro estratégico", não só no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), mas também no quadro da "política atlântica" de Lisboa.
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